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por Fernando Migliaccio

Considerado o indicador oficial da inflação do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve queda de 0,68% em julho, após ter registrado alta 0,67% em junho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse resultado ocorreu por conta da queda nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, e da energia elétrica. No ano, a inflação acumulada é de 4,77% e, nos últimos 12 meses, de 10,07%.

Os preços da gasolina caíram 15,48% e os do etanol, 11,38%. O IBGE ressaltou que essa foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980.

O segmento de vestuário também ajudou na queda da inflação já que no final de junho o algodão ficou um pouco mais barato. Em contrapartida, o setor de alimentação e bebidas acelerou no mês de julho com a alta do leite longa vida e de seus derivados, como o queijo e a manteiga.

Como estamos em ano eleitoral, o atual governo e o Congresso adotaram a estratégia de conter a inflação neste período, mas muitos economistas alertam para 2023. De acordo com pesquisadores, a conta virá futuramente, e mais rápido do que pensamos.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) já definiu que a meta de inflação para 2023 será de 3,25%, mas Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, comentou recentemente que a inflação no ano que vem pode ficar acima do centro da meta, ou seja, superior a 3,25%.

No site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) você pode acompanhar o Índice e saber mais sobre ele: www.ibge.gov.br

 


Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.

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