Hoje em dia valorizamos muito os carros movidos a bateria elétrica. Sem dúvida, uma evolução interessante do ponto de vista de emissões, mas devemos pensar de onde vem essa energia para recarregar essa bateria. Seria uma energia limpa? É bom ressaltar que a energia que está na tomada pode ter vindo de uma termoelétrica! Mas a que custo?
Em países europeus, principalmente os nórdicos, não há muita opção, pois a matriz energética dos mesmos não contempla um menu de alternativas, como no Brasil e suas características – sua extensão territorial, clima e solo. Deveríamos aproveitar todo esse potencial para uma alternativa energética que viria antes da energia hidrelétrica, solar ou eólica, e nos voltarmos, tanto tecnicamente quanto culturalmente, à energia que provém do etanol. Etanol é presente e futuro.
27 Kg de etanol representam 500 kg de uma bateria num Tesla. Quando você abastece o carro com etanol, você gasta menos reais (etanol mais barato), polui menos (emissão menor de gases poluentes, 5 vezes menos!), deixa o carro mais potente (maior octanagem) e o país economiza divisas (pois o Brasil ainda importa petróleo). Isso sem contar a rede de distribuição já instalada, afinal não há tantos pontos de energia elétrica para carros.
E o melhor: tudo é extraído de uma única planta! Energia totalmente renovável com potencial tecnológico para extrairmos quase o dobro do que é realizado atualmente. Portanto, o foco das pesquisas hoje deve trazer mais inovações trazidas da planta. Além disso, outras fontes de energia são intermitentes, pois na eólica dependemos do vento, que não é constante, enquanto na hidrelétrica, ocasionada pelas chuvas, é sazonal. Em outras publicações, ainda abordarei outros derivados da cana que serão o futuro, como o já existente etanol de segunda geração e o biogás.