Nesta segunda-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro participou da abertura da Global Agribusiness Fórum 2022, em São Paulo. Estiveram presentes os principais líderes políticos, empresariais e membros da sociedade do agronegócio do Brasil e do mundo, além dos ministros Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Marcos Cordeiro (Agricultura).
Na gestão Bolsonaro o agronegócio cresceu: conseguiu novos mercados e se consolidou como um dos principais produtores de grãos e proteína animal do mundo. O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), alcançou recordes sucessivos em 2020 e em 2021, com esse biênio se caracterizando como um dos melhores da história do agronegócio nacional. Já em 2022, o PIB do setor iniciou o ano com decréscimo, de 0,8% no primeiro trimestre.
Hoje, o agronegócio está sendo considerado o protagonista da retomada da economia do país, correspondendo a mais de 20% do PIB brasileiro. O campo é também um grande gerador de postos de trabalho, empregando 1 a cada 3 brasileiros. Tudo isso puxado pela alta nas exportações e a safra recorde.
Recentemente, porém, o agronegócio abriu novos canais de negociação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula fechou apoio à candidatura ao Senado do deputado Neri Geller (PP-MT), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), um dos líderes da bancada ruralista no Congresso. A negociação envolveu também outro grande nome no setor, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT).
O responsável indicado para a interlocução com o agronegócio daqui em diante será o vice de Lula, Geraldo Alckmin. Alckmin foi escalado para viajar pelo Mato Grosso e São Paulo para buscar o diálogo com ruralistas neste período pré-campanha eleitoral, uma das prioridades da chapa.
Até outubro teremos ainda mais informações como estas: Bolsonaro buscando mais espaço para consolidar seu apoio com o negócio mais rentável do Brasil, enquanto Lula vai estreitando laços com os dissidentes.