Esse livro é muito legal, pois conta como surgiu a XP Investimentos, que teve início em uma sala de 25 metros quadrados e hoje vale dezenas de bilhões de reais. Ao perder seu emprego aos 24 anos, o carioca Guilherme Benchimol foi até Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para fundar a empresa.
A conhecida jornalista Maria Luiza Filgueiras, especializada em Economia e Finanças, foi responsável pelo livro, em que narra situações do fundador da XP, que evitava a falência a qualquer custo, pedindo dinheiro a amigos e vendendo o seu carro. Dessa forma, tudo o que ele fez foi “na raça”.
No ano de 2018 Guilherme Benchimol entrou para a lista da Bloomberg como uma das 50 pessoas mais influentes do mundo, sendo a única personalidade do Brasil e da América do Sul a fazer parte desta seleção.
Na raça: como Guilherme Benchimol criou a XP e iniciou a maior revolução do mercado financeiro brasileiro
Autora: Maria Luíza Filgueiras Editora: Intrínseca Idioma: Português
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Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.
Um livro que foi vencedor do Prêmio Jabuti 2013 nem precisaria de um comentário meu, não é mesmo?
Mas como a leitura deste livro é muito necessária para todos os brasileiros, faço questão de colocar aqui minha indicação e dizer que é uma excelente leitura para entendermos como a instabilidade dos preços tem relação com a crescente desigualdade social.
Edmar Lisboa Bacha é um professor e economista que fez parte da equipe econômica que instituiu o Plano Real, durante o governo Itamar Franco. O livro traz fábulas para fazer toda a trajetória econômica do Brasil e discute temas contemporâneos e desafiadores para um novo país.
Mesmo o Brasil sendo redemocratizado e com um certo período de estabilidade, o autor mostra diversos aspectos da política pública que ressaltam características de um país subdesenvolvido.
Uma verdadeira aula sobre a economia brasileira. Indico!
Belíndia 2.0: Fábulas e ensaios sobre o país dos contrastes
Autor: Edmar Bacha – um dos pais do Plano Real Editora: Civilização Brasileira Idioma: Português
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Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.
Não está fácil acompanhar as notícias recentes. Desde o início deste mês fomos alertados do sumiço de Dom Phillips, colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio). Ambos foram vistos, pela última vez, em 5 de junho, na região da reserva indígena do Vale do Javari, oeste do estado do Amazonas.
Depois de muita investigação, daquelas que tememos o final da história, os restos mortais foram encontrados. O velório de Bruno Pereira aconteceu hoje (24) em Pernambuco com cerimônia aberta ao público, enquanto o funeral de Dom Phillips acontecerá no Rio de Janeiro neste domingo (26). Uma triste história para nós, brasileiros.
Segundo prossegue a investigação, tudo indica que foram mortos a tiros por pescadores ilegais enquanto passavam pela reserva. Bruno era um importante ativista para a causa indígena e ambiental. Seu trabalho lhe consumia tão intensamente que falava quatro línguas nativas do Javari e transitava com muita liberdade entre os povos indígenas da região. Já o britânico Dom Phillips estava desenvolvendo um livro e contava com o auxílio de Bruno.
Os crimes estão gerando uma boa repercussão nacional e internacional e trazem à tona os problemas ligados ao Meio Ambiente e à causa indígena. De acordo com a União do Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno, por sua vez, combatia a pesca ilegal na região e, por isso, era constantemente ameaçado. Em terras indígenas, por exemplo, a pesca do pirarucu – peixe típico da Amazônia – é proibida.
A Polícia Federal emitiu nota por meio da qual anunciou que os assassinos agiram sozinhos, e que não deve haver um mandante ou uma organização envolvida no crime. Mesmo assim, a linha de investigação policial está averiguando se um dos presos pelas mortes tem ligação com quadrilhas de pesca ilegal em terras indígenas no Amazonas.
Neste momento, acontece a perícia na lancha de Bruno e Dom e sabemos que está passando por procedimentos de alta tecnologia para trazer luz ao máximo de detalhes possíveis. Nos próximos dias teremos mais capítulos dessa triste realidade que envolve uma das regiões mais ricas e importantes não apenas do Brasil, mas do planeta.
Encontrei um vídeo postado pelo Jornal O Globo no YouTube com a última missão do indigenista Bruno Pereira. Que tristeza perder um profissional tão sério e conhecedor de um tema tão falado e tão pouco resolvido pelos órgãos responsáveis.
Foto de Dom Phillips: João LAET/AFP Foto de Bruno Pereira: Daniel Marenco | Reprodução
Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.
Retratada em inúmeros livres e filmes, a Operação Entebbe mostrou a inteligência e organização da Força de Defesa de Israel. Em 27 de junho de 1976 o avião da Air France, um Airbus A300, que ia de Tel Aviv (Israel) a Paris (França), com escala em Atenas (Grécia), foi sequestrado logo após a primeira parada.
Quatro sequestradores, que embarcaram em Atenas, tomaram o poder da aeronave, fazendo 258 pessoas de reféns, além da tripulação. Os terroristas faziam parte da Frente Popular para a Libertação da Palestina e das Células Revolucionárias da Alemanha.
Após renderem o avião, os terroristas se dirigiram até Bengasi, na Líbia, para reabastecerem. Um dos detalhes interessantes é que nesse momento uma mulher conseguiu convencê-los de que estava tendo um aborto espontâneo e conseguiu ser libertada. E o motivo pelo qual ela inventou a história foi para se despedir da mãe, que estava sendo velada na Inglaterra. Outro detalhe: ela não estava grávida!
Em 28 de junho, o avião pousa no aeroporto de Entebbe, ao sul da capital ugandesa, com a autorização do ditador Idi Amin Dada. As exigências começaram a surgir: até 1º de julho 53 palestinos/simpatizantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina em todo o mundo, sendo que 29 deles detidos em Israel, deveriam ser libertados.
Os reféns, que neste momento eram mantidos em uma sala do aeroporto, foram separados entre judeus e não-judeus. Dessa forma, alguns ganharam a liberdade, principalmente os que não eram judeus, tampouco israelenses.
Acredito que outro fato interessante desta operação foi quando a equipe do Serviço de Inteligência de Israel percebeu que foi justamente uma empresa israelense que construiu o aeroporto. E pronto: em pouco tempo já tinham em mãos a planta do local onde estavam os reféns e isso facilitaria – e muito – a entrada dos soldados.
Dentre os soldados israelenses vale ressaltar a presença in loco do tenente-coronel Yonathan (Yoni) Netanyahu, irmão mais velho do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e chefe do comando que libertou os reféns. Infelizmente, Yoni foi morto na ação, porém foi o único.
A operação que se desenrolou nas horas seguintes contava com um detalhe importante: o elemento surpresa. A equipe de soldados israelenses foi extremamente corajosa e arrojada. Voaram para a África sem serem notados pelos radares, vestiram uniformes dos soldados de Uganda, e ainda por cima utilizaram carros iguais ao do ditador Idi Amin Dada. Mais um “Cavalo de Troia” na história!
No total, a ação demorou exatos 53 minutos. Um sucesso e aí está o motivo de termos tantos livros e filmes que abordam a Operação Entebbe, que foi aclamado mundialmente.
Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.
Em setembro teremos mais uma edição do Rock in Rio. Iron Maiden, Dream Theater e Sepultura se misturam com Justin Bieber, Demi Lovato, Iza. Da mesma forma em que temos Gilberto Gil, Luísa Sonza e Emicida. Mais diverso, impossível.
A primeira edição deste enorme evento musical foi no ano de 1985. E eu estava lá, do alto de meus 13/14 anos. Pude assistir, com meus próprios olhos e emoções à flor da pele, Iron Maiden, Whitesnake e Scorpions. E foi histórico: além desses grupos, tivemos Queen, Ney Matogrosso, Kid Abelha, Os Paralamas do Sucesso, AC/DC, Rod Stewart, Ozzy Osbourne, Rita Lee e Lulu Santos!
Uma bela mistura de ritmos e um nível altíssimo de artistas. Mais de um milhão de pessoas estavam na plateia. Foram 10 dias e mais de 30 músicos, nacionais e internacionais. O momento também era especial: a Ditadura Militar no Brasil, que durou 21 anos, terminou no dia 15 de março de 1985. A Nova República teve início com a vitória da chapa de Tancredo Neves-José Sarney e da posse de Sarney como presidente do país.
O idealizador do evento, o empresário brasileiro Roberto Medina, foi um visionário e excelente empreendedor. Desde a sua criação, o Rock in Rio é reconhecido como o maior festival de música do planeta.
Como todo grande evento, ele seguiu cheio de curiosidades: Ozzy Osbourne teve que assinar um contrato garantindo que ele não devoraria morcegos no palco (fazendo uma alusão a um morcego que ele abocanhou durante um show achando que fosse de brincadeira).
Já Ney Matogrosso não usou morcegos, mas sim pombas no show de estreia. E, claro, a simbologia era outra. Os pássaros foram soltos durante a interpretação da música “Rosa de Hiroshima”. Enquanto isso, o público usava luvas fosforescentes que haviam sido distribuídas pelos organizadores do festival.
Fred Mercury, do Queen, também foi excepcional: usou peruca e seios postiços para cantar “I want to break free”. E, mesmo com atraso, o grupo Iron Maiden foi responsável por um show memorável.
Ouvir dizer que a palavra “metaleiro” foi inventada durante a primeira edição do Rock in Rio. Acredito. White Snake fez um show pesado naquela noite e nos divertimos muito.
Segundo Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, “o festival nasceu cinco vezes maior que o Woodstock!”. Aliás, ela é a responsável por ter levado o evento para o velho continente. O Rock in Rio Lisboa, por sua vez, terá início logo, em 18 de junho. E, para saber a programação do Rock in Rio Brasil segue aqui o site: https://rockinrio.com
Alguns vídeos do Rock in Rio 1985
Queen – Love of my Life
Whitesnake – Crying in the rain
Show completo do Iron Maiden
Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.