Dica de livro: Metanoia

Dica de livro: Metanoia

Metanoia é uma transformação, ou metamorfose, uma verdadeira mudança de modelo mental.

O economista Roberto Adami Tranjan traz histórias e reflexões sobre a expansão da consciência nas organizações. Afinal, ele acredita que as empresas devem se humanizar para atingir resultados.

Para facilitar o aprendizado de sua teoria e como pano de fundo, Tranjan desenvolve a história do empreendedor Lucas, que se encontra com dificuldades financeiras em sua gestão.

Segundo ele, as instituições são comunidades de trabalho e isso significa que o bem estar faz parte, ou deveria fazer, do plano de negócio. Esse novo olhar, por meio da Metanoia, apoia essa nova maneira de administrar através de um modelo de liderança consciente e ético.

Tudo isso traz motivação para a equipe de trabalho e a empresa se torna um grande diferencial no mercado. Atingindo esta maturidade, a empresa pode ser considerada uma grande escola caso ela consiga se assemelhar à uma comunidade.

Hoje toda instituição tem suas regras de conduta, o compliance, e que já abordei neste blog, justamente para garantir a ética e o comprometimento dos colaboradores na empresa.

Roberto Tranjan defende a ideia de que “a vida começa quando você desperta, e não quando você nasce”. Sem dúvida, um novo olhar para as organizações que está na moda, pelo menos na teoria.

Metanoia

Autor: Roberto Adami Tranjan
Editora: Buzz Editora
Idioma: Português
Publicação: 2019
Páginas: 192

 

Encontrei o TED do autor e coloco aqui para assistirem:

 

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Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.
Top 5 podcasts de Economia para quem está atento ao bolso

Top 5 podcasts de Economia para quem está atento ao bolso

Os podcasts estão cada vez mais populares entre as pessoas. Com a pandemia, o consumo desse conteúdo cresceu exponencialmente. De acordo com o levantamento da TIC Domicílios, 28% dos usuários de Internet disseram ter ouvido um podcast em 2021 (em 2019, eram 13%). Em 2021, 41 milhões de pessoas realizaram essa atividade, cerca de 24 milhões a mais que em 2019. Dessa forma, separei aqui cinco podcasts de economia que eu gostaria de indicar para vocês.

PoupeCast

Um dos mais conhecidos, desenvolvido pela jornalista e especialista em finanças Nathalia Arcuri. O podcast nasceu após o sucesso da plataforma de entretenimento financeiro Me Poupe! e já acumula mais de 300 episódios com, em média, de 30 a 40 minutos cada. Temas como previdência privada, investimentos como renda fixa, imposto de renda e criptomoedas são alguns exemplos da amplitude de assuntos abordados nas conversas.


NerdCash

Até o momento foram realizados 49 episódios nestes podcasts que julgo mais “descolados”, buscando uma faixa etária mais jovem, algo importantíssimo! Inclusive a própria Nathali Arcuri, do podcast que comentei acima, já participou de um episódio sobre organizar metas pessoas. Ouça aqui.

A proposta deste canal é falar sobre finanças de forma simples e descontraída. O Nerdcash é um produto do site Jovem Nerd, que existe desde 2002 – nem tão novo assim, já completou 20 anos! — e também conta com o NerdCast, seu principal e premiado canal sobre filmes, séries, games e animes.


Stock Pickers

Stock Pickers é o maior podcast sobre ações do Brasil. Mais um podcast produzido pelo portal Infomoney, conhecido por ser especializado em mercados, investimentos e negócios do Brasil. Ao contrários dos podcasts mencionados anteriormente, este é mais focado em investimentos, mercado financeiro e tendências de ações. O público, portanto, é mais seleto e já pulou as etapas de organizar a vida financeira básica.


Boletos Pagos

Produzido por Nathalia Rodrigues, a Nath Finanças, que costuma ensinar finanças para, como ela diz, “pessoas reais”. A proposta é dialogar com um público de baixa renda, que necessita de ajuda para equilibrar suas economias para sair do vermelho e empregar seu dinheiro da melhor maneira possível. Nos episódios encontramos informações sobre como ser MEI (microempreendedor individual), além de informações sobre cartões de créditos e conta de luz.


Podcasts de Economia da CBN

Outra opção é entrar no site da CBN e encontrar tudo num só lugar. No portal é possível achar um amplo time de comentaristas de acordo com seu interesse. No CBN Dinheiro, por exemplo, o economista com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, Marcelo D’Agosto, fala sobre melhores investimentos, imposto de renda, fundos e títulos. Caso você esteja mais interessado em economia doméstica, basta procurar o podcast de Luiz Gustavo Medina, “O Assunto é Dinheiro”.

Míriam Leitão traz pílulas diárias, de menos de 10 minutos, com os principais fatos da economia brasileira. É o “Dia a Dia da Economia”. Pensando no público mineiro, a CBN também tem um podcast específico: o Econominas, do economista Paulo Pacheco.

 


Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.

Leia também as dicas de livros de economia nesse link.

Dica de leitura: Mainstream – A guerra global das mídias e das culturas

Dica de leitura: Mainstream – A guerra global das mídias e das culturas

Este livro “Mainstream”, escrito pelo jornalista francês e doutor em sociologia Frédéric Martel é o resultado de cerca de 5 anos de pesquisa em campo. O autor entrevistou mais de 1200 pessoas de 30 países em cinco continentes. Conhecido por se interessar pela indústria criativa e cultura digital, Martel constata a forte presença de conteúdos norte-americanos no planeta, mas reforça que existe uma batalha mundial entre “os meios de comunicação pelo controle da informação”.

Dessa forma, o livro “Mainstream” conclui que os bens e serviços culturais americanos continuam a dominar o mercado cultural global, fazendo com que a língua inglesa continue seu movimento de se tornar uma língua quase universal, reduzindo o papel das demais. Isso faz com que os Estados Unidos tenham maior capacidade de influenciar outras culturas e sociedades, o “soft power”.

Isso também faz parte do que alguns estrategistas chamam de “poder inteligente”. A combinação de poder militar superior com influência cultural coloca os EUA em uma posição excepcionalmente vantajosa, embora atualmente eu perceba que essa influência com tendência econômica e militar está em diminuição gradativa.

Segundo o autor, “a dominância americana envolve muito mais do que apenas impor filmes, músicas e formatos de televisão feitos nos Estados Unidos a outros países. É um impulso mais amplo em que os EUA buscam constantemente multiplicar e ampliar seus mercados e estão sempre trabalhando para fabricar um desejo global por produtos americanos – e depois satisfazê-lo”, explica e acrescenta que embora isso não destrua as culturas nacionais, deixa pouco espaço para que outros países tentem competir com seus próprios bens e serviços culturais.

Mesmo sendo uma leitura um pouco extensa – são 490 páginas – é um livro excelente para entendermos com mais profundidade temas como comunicação e cultura, além notarmos a influência disso em nossas vidas.

Mainstream – A guerra global das mídias e das culturas

Autor: Frederic Martel
Editora: Civilização Brasileira
Idioma: Português
Publicação: 2012
Páginas: 490

 

Encontrei um vídeo do Lucas Conchetto no YouTube com comentários bem interessantes sobre o livro:

 

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Leia também:  O Efeito Iguana

God Save the Queen. A morte da rainha Elizabeth II

God Save the Queen. A morte da rainha Elizabeth II

A morte da rainha Elizabeth II

Em menos de 10 dias perdemos mais outro chefe de Estado. Depois de Mikhail Gorbachev, que já comentei aqui em postagem anterior, desta vez foi a Rainha Elizabeth II, falecida aos 96 anos. Popularmente mencionada como “imortal”, sua saúde inspirava cuidados desde outubro de 2021, quando foi internada.

Elizabeth Alexandra Mary ficou no cargo de rainha do Reino Unido e mais 14 estados independentes por 70 anos, comemorados em junho de 2022 durante o Jubileu da Rainha. Durante toda essa trajetória, sua Majestade cativou súditos, trabalhou com 15 primeiros-ministros, além de ter acumulado diversas histórias como figura pública.

Fato notável no final da Segunda Guerra Mundial, quando Elizabeth juntou-se ao Serviço Territorial Auxiliar da Divisão de Mulheres do Exército Britânico, tornando-se a primeira mulher real a servir no serviço militar ativo, isso antes de assumir a Coroa.

Foi casada com o príncipe Philip, que morreu em abril de 2021, por mais de 73 anos. Eles tiveram quatro filhos, oito netos e 12 bisnetos. O príncipe Charles é o primogênito, e que consequentemente assumirá o posto deixado por sua mãe, algo que já estava sendo esperado.

Em sua rotina real, a Rainha Elizabeth II tinha agenda reservada para se reunir com o primeiro-ministro todas as quartas-feiras no Palácio de Buckingham para mantê-la informada sobre todos os assuntos do governo. Sua última aparição pública foi com a nova primeira-ministra, recentemente escolhida, Liz Truss, que assumiu oficialmente o cargo após se encontrar com a rainha na última terça-feira (6), no Castelo Balmoral, na Escócia.

O castelo escocês era a atual residência de Elizabeth e ela costumava passar o verão no local. Porém, entre os meses de abril e julho, ele fica aberto para visitação de turistas e já tive a oportunidade conhecer este refúgio da rainha, que possui grandes belezas naturais, como parques, jardins e até horta.

A residência oficial da rainha sempre foi o Palácio de Buckingham, mas em março de 2022 foi noticiado que o Castelo de Windsor, em Berkshire, se tornaria seu lar permanente.

Segundo o instituto de pesquisa YouGov, a taxa de aprovação dos súditos pela rainha, na época das comemorações do Jubileu de Prata, era de 70%. Isso mostra o porquê estamos acompanhando uma multidão aglomerada no Palácio de Buckingham após o anúncio do falecimento de Elizabeth II.

E assim nos despedimos da monarca britânica com mais tempo de reinado, e a primeira a alcançar 70 anos no trono.

O UOL fez uma página muito interessante com a história da Rainha Elizabeth II que vale muito a pena visitar e ler: https://www.uol.com.br/splash/reportagens-especiais/rainha-elizabeth

Uma outra reportagem bem interessante e que o G1 fez é essa a seguir que fala como era o mundo quando ela assumiu o trono: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/09/08/como-era-o-mundo-na-epoca-que-a-rainha-elizabeth-ii-assumiu-o-trono.ghtml. Muita coisa mudou nesses últimos 70 anos!

Encontrei também em um canal no YouTube um vídeo falando sobre um dia na vida da Rainha Elizabeth II:

 

 


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Leia também: Mundo se despede de um dos principais líderes políticos da atualidade, Mikhail Gorbachev

Mundo se despede de um dos principais líderes políticos da atualidade, Mikhail Gorbachev

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O ex-líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev morreu na última terça-feira, aos 91 anos. Muito respeitado no cenário político, o seu trabalho para acabar com o confronto entre o bloco de países capitalistas e o bloco de nações socialistas lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz no ano de 1990.

O estadista foi o oitavo e último líder da União Soviética e é um dos grandes responsáveis pelo fim da Guerra Fria, conflito político-religioso entre Estados Unidos e União Soviética, ocorrido de 1947 a 1991. O Muro de Berlim era o símbolo dessa polarização, dividindo a Alemanha capitalista e a comunista. Eram 66,5 quilômetros de grades com redes metálicas eletrificadas, 302 torres de observação e 255 pistas de corrida para cães de guarda.

Em 1985, Mikhail Gorbachev iniciou os planos da perestroika (reestruturação) e glasnost (transparência). Com o fim da Guerra Fria, o sistema capitalista avançou por todos os países do planeta e a União Soviética foi desintegrada. Em relação à dissolução das repúblicas soviéticas, o político afirmou que temia usar a força para manter os territórios unidos visto que o país estava lotado de armas e seria um caos, ocasionando, inevitavelmente, uma guerra civil. Dessa forma, 15 novos estados foram reconhecidos: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Letônia, Lituânia, Moldávia, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão.

O objetivo de Gorbachev, antes das separações, era negociar um Novo Tratado da União, mantendo as repúblicas dentro de uma federação com mais flexibilidade. Seu principal opositor, Boris Yeltsin, então líder da República Russa, foi contra essa ideia.

Durante célebre discurso na ONU, no ano de 1988, Gorbachev declarou que “todas as nações deveriam ser livres para escolher seu destino sem interferência externa”. Algo totalmente polêmico para a região e para um líder comunista, que teve como antecessores Josef Stalin e Nikita Khrushchov.

Em outubro de 1986, Gorbatchev e Ronald Reagan se reuniram em Reykjavik, capital e a maior cidade da Islândia, e quase selaram um acordo de paz. Inclusive adquiri um livro em que são trazidos todos os detalhes deste encontro que, por muito pouco, encerrou os armamentos nucleares dos dois países (Estados Unidos e Rússia).

 

Sem apoio entre seus cidadãos, mas político pop no exterior

Após sua saída da liderança soviética, Gorbachev continuou a ter uma postura polêmica. O político participou de campanhas publicitárias, a exemplo da Pizza Hut, em 1997. Na propaganda, que tem como cenário a Praça Vermelha, ele aparece ao lado da neta em uma das pizzarias. O interessante foi o viés político do comercial que mostra mais pessoas discutindo sobre o mandato de Gorbachev e terminando com a frase “Por causa dele temos Pizza Hut”.

Para a marca de luxo Louis Vuitton, em 2007, ele aparece dentro de um automóvel com o muro de Berlim ao seu lado e uma mala de viagem da marca francesa.

Em seus últimos anos, o estadista soviético se dedicava à sua Fundação, situada em Moscou, onde eram realizadas pesquisas da era Perestroika e políticas russas.

Leia mais sobre Mikhail Gorbachev na Wikipedia.

 


Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.